Se minha memória não me trai, conheci o Padre Paulo Ricardo há 10 anos, numa de suas pregações na Canção Nova. Recordo-me de estar deitado num colchão, no chão, no quarto da minha avó, vendo-o por uma pequena TV. Lembro-me ainda de pensar: “Esse padre é diferente. O jeito que ele fala é diferente.” O Evangelho deste último domingo (28/01/18) diz: “todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade” (Mc 1,22). Talvez fosse exatamente isso que eu queria dizer: “Ele ensina como quem tem autoridade”. E aquilo me impressionou.
Algo inédito até então. Afinal, se era para se ter pena dos católicos por terem que ouvir tantas homilias ruins, mais digno de pena era meu interesse pela fé. Me recordo que, por essa época, minha mãe tentava por diferentes vias uma maior participação minha na Igreja, principalmente me levando para grupos de jovens de Paróquias. Não dando certo, me levava para os de comunidades carismáticas. E, apesar desse seu esforço louvável, eu demonstrava falta de interesse, torcia interiormente para não ir. Ainda assim, uma semente tinha sido plantada desde aquele dia da pregação na TV, que ia sendo regada por essas tentativas aparentemente frustradas.
Tanto regou que finalmente aceitei participar ativamente num grupo de oração. Aquela semente, por sua vez, deu lugar a um desejo crescente de conhecer a fé. Voltei então a procurar aquele padre que “falava com autoridade”, como que uma criança clamando por auxílio. Por providência, naquele mesmo ano o Padre Paulo fazia uma campanha para a total consagração à Jesus por Maria. Tendo me deparado com os dois vídeos sobre o assunto, fiquei maravilhado e decidi firmemente me consagrar. Mas quis mais: eu quis me consagrar na paróquia dele. Passei então boa parte daquele ano me preparando e pedindo a Deus a chance de ir para Cuiabá.
E Ele ouviu minhas orações. Chegando em Cuiabá, parti para a sua paróquia naquele 8 de dezembro de 2011. Ainda era tarde, apesar da consagração ser à noite. Haveria uma pregação com Padre Paulo naquele período. Fomos postos numa fila, ao lado da paróquia, para que pudéssemos dar nossos nomes e receber um papel que, salvo engano, continha a fórmula da consagração. Imediatamente me impressionou o número de seminaristas de batina. Mas muito bem. Respirei fundo e entrei na igreja. Era belíssima. Sentei sozinho na ponta de um banco na lateral direita da igreja. Fiquei olhando para as pessoas e para o altar que estavam à minha esquerda. De repente, olhando como que sem nenhum motivo excelso para direita, vejo o Padre Paulo na outra ponta do meu banco, em pé. Eu fiquei abobalhado. Lágrimas correram no meu rosto sem que eu me esforçasse o mínimo. Fiquei pensando: “não acredito”. E mais lágrimas jorravam. Eu queria sair correndo e dizer somente: “Muito obrigado! De verdade, muito obrigado!”. Bem, eu não corri. Fiquei sentado e quieto.
A palestra começou. Belíssima, naturalmente. Ao terminar, tivemos um tempo até que tudo estivesse preparado para a Santa Missa. E aí a oportunidade surgiu. Padre Paulo veio em direção aos que estavam responsáveis pelo canto e que estavam próximos de onde eu estava sentado. Um amigo me puxou, dizendo que eu não podia perder essa oportunidade. Eu relutei para não ir, por timidez irracional. De repente, eu estava em frente a ele, como que impedindo-o de transitar. Eu estava petrificado e ele olhava-me com uma cara que parecia querer dizer: “dá para deixar eu passar?”. Meu amigo então soltou: “padre, poderíamos tirar uma foto com o senhor?”. E ele disse algo como: “tudo bem, mas vamos lá para fora se não vai encher de gente querendo fazer o mesmo”.
Acho que nunca tirei uma foto tão sorridente como aquela, com exceção daquelas em meu casamento. Meu sorriso era tão gigantesco que chegava a ser estranho. Que foto feliz. Depois ele nos perguntou de onde éramos. Respondemos que de Fortaleza. Ele ficou impressionado, por conta da distância. Depois perguntou se estávamos hospedados, salvo engano, num convento religioso próximo da paróquia. Ao respondermos que não, ele disse: “ao menos não tiveram que suportar o jugo das irmãs”. E rimos juntos. Voltamos para a igreja, a Santa Missa começou e a consagração se realizou. Foi um momento inesquecível. Perto do fim da Missa, ele pediu que os que vieram de outros Estados ficassem de pé e nos saudou. Por fim, pediu ainda para que esperássemos pois, após a Missa, ele queria conversar conosco.
Naquele momento, eu olhei para meu amigo e só pude dizer: “Minha Nossa Senhora”. O assunto era esse: nos convidar para uma celebração da Santa Missa no dia 9, pela manhã. Ficamos abismados. Só tinham cerca de 14 pessoas oriundas de outros Estados. E ainda assim ele rezaria a Santa Missa para 14 gatos pingados. Creio que não preciso dizer a ansiedade para o dia seguinte. E ela era justificada: o dia 9/12/2011 foi, por assim dizer, o grande ápice de todo aquele processo que começou com uma simples pregação três anos antes.
Ao chegarmos, ele nos recebeu com um outro seminarista. De repente, ele nos comunica que a Santa Missa seria na forma extraordinária do rito romano. Naqueles dias, em Cuiabá, eu considerava tudo extraordinário. A paróquia. A cidade. Até a educação das pessoas. A missa do dia 8/12 também considerei extraordinária. O que seria então dizer “forma extraordinária do rito romano”? E, sem demora, a Santa Missa começou. E que beleza, meu Deus. Eu não compreendia as palavras. Eu não entendia os gestos. Mas eu sabia: estou envolto num mistério de amor. Só me é necessário amar. Assim foi minha primeira missa na forma extraordinária.
Após a missa, o seminarista disse: “agora o Padre Paulo passará alguns minutos com quem deseje”. E aqui tudo mudou. Eu entrei na fila. Quando chegou a minha vez, simplesmente não consegui falar nada. Apenas o abracei. Me senti tão pequeno. Ele pôs uma de suas mãos em minha cabeça e a pôs junto ao seu coração. Ele então me apertou junto a si e permaneceu assim por um bom tempo. Lágrimas caiam e senti que minha alma era lavada. Era como Deus dizendo: “Filho pródigo, eu esperei por ti todo esse tempo. Finalmente te tenho junto a mim”. Ao soltar-me, eu olhei para ele, muito sorridente, e ele ainda mais sorridente que eu. E a única palavra que consegui dizer foi: “Amém”, em meio ao sorriso. E ele repetiu sorrindo: “Amém”.
Dois anos depois, em 2013, Padre Paulo veio a Fortaleza para pregar sobre a consagração. Fiquei extremamente feliz por vê-lo aqui. Ao final da pregação, uma nova e enorme fila se formou para que os fiéis pudessem falar com ele. Ao chegar minha vez, eu disse: “Padre, só quero te dar um abraço”. Ele sorriu e o deu. Agradeci finalmente por tudo, como queria ter agradecido dois anos antes.
Essa é brevemente a história de minha conversão. Nela não se vê nenhum feito grandioso. Apenas, e este é o motivo de querer partilhar meu relato, se vê um sacerdote vivendo sua vocação de maneira fiel ao seu chamado. A fidelidade à vocação faz a alma maravilhar-se e é uma fonte sempre nova de novas vocações e, como no meu caso, conversões. Que Deus guarde e abençoe não somente o Padre Paulo Ricardo, que considero um segundo pai, mas todos os sacerdotes que vivem sua vocação com fidelidade.
Que alegria ler esse testemunho que tanto aqueceu e emocionou meu coração . Padre Paulo é um santo na terra!
Nosso querido e amado padre Paulo ricardo!
Simples, sem grandes emoções ou arrepios, mas belo e profundo seu testemunho de conversão.
Meu namorado, Jonatan Zimath, também teve sua primeira conversão a partir do apostolado desse precioso sacerdote, por meio de um vídeo no YouTube. E, pela graça de Deus, mais tarde (quase 5 anos após), Jonatan seria o principal instrumento utilizado para que eu, felizmente, vivesse a minha primeira conversão.
Com o coração profundamente agradecido, posso dizer que somos frutos do apostolado do nosso amado padre Paulo Ricardo.
Que Deus o abençoe!
Att,
Alessandra Silveira
Grande catequista Artur!!!Eu agradeço muito sua evangelização, fora através dela que dei grandes passos na fé.O Pe.Paulo Ricardo também me ajuda muito, já cheguei até assinar o site dele.É um homem que ensina com autoridade, sem dúvidas.
Amo Pe. Paulo Ricardo . Assisto suas palestras na canção Nova e pelo YouTube diariamente. Todo dia escuto uma. É cada dia aprendi mais sobre minha fé é minha Igreja católica.
Sou testemunha ocular do seu antes e depois do Padre Paulo Ricardo… Que transformação houve na sua vida… E que belo homem de Deus vc se transformou… Que grande testemunho de filho, irmão, neto, esposo, pai e amigo vc é e dá para aqueles que o conhecem…
Louvado seja Deus pelo Padre Paulo e por todas as nossas tentativas… O Senhor é bom e fiel, escuta as nossas orações… As minhas como mãe, e as suas no seu coração… Louvado seja Deus por isso e por Nossa Senhora que sempre cuidou de vc para nós, levando o ao Caminho do céu. Obrigada Mãe!
O nosso coração, meu, do seu pai e da sua família é só gratidão a Deus por todo bem que Ele fez e faz nas nossas vidas através da sua; vc hoje é o nosso formador, que benção não é?! Tudo dom e graça de Deus.
Deus te abençoe e guarde meu amado Arthur, pelas mãos de Nsa Senhora! Te amamos muito!