Não vejo este blog como somente um meio pelo qual é possível evangelizar; um meio de pôr em prática aquela expressão do Documento de Aparecida, “discípulo missionário”. Discípulo, porque antes volta-se para Cristo como Ele está voltado para o seio do Pai (Jo 1,18). Missionário, pois depois obedece ao mandato divino de ir ao mundo inteiro e levar o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15). É algo mais que isso.

Vejo esse blog como uma mortificação para minha natureza decaída e acomodada. Cada letra, cada palavra, e cada frase, e cada parágrafo é uma vitória sobre minhas deficiências, sobre meu egoísmo, e sobre minha preguiça. Cada sentença revela minha decisão firme, ainda que estando envolto nas mais difíceis circunstâncias externas ou internas, de ser melhor do que sou, de ser quem desejo ser ao final da minha vida. Estes textos, dos mais variados, ainda que não alcancem a marca de cinco leitores ou nem sempre me tragam felicidade, são aquilo pelo qual nasci para fazer, algo do qual somente eu posso fazer, são minha vocação. Eles e seus frutos estão entregues à Deus.

Mortimer J. Adler, em seu brilhante “Como ler livros – O Guia Clássico para a Leitura Inteligente”, compara a leitura de um livro (ou de um texto qualquer) com uma conversa. O autor procura expor seus termos de maneira satisfatória, facilitando a interpretação do leitor, tornando-a proveitosa. O leitor, por sua vez, espera o autor terminar de falar e, somente tendo entendido o que o autor disse, pode vir a dizer “concordo”, “discordo” ou “suspendo o julgamento”. Se discorda, o faz sensatamente, sem discórdia, com razões que sustentem suas proposições. Resumindo, Adler nos ensina a termos conversas civilizadas. Não me recordo de algo mais difícil de se encontrar atualmente.

Desta forma, isto é o que eu desejo: entrar em conversas civilizadas, sobre temas que variam entre coisas práticas e teóricas, Política e Teologia, Doutrina Social da Igreja e Filosofia, entre outros. Tenho eterna gratidão, por fim, pelos ensinamentos desses grandes homens: Padre Paulo Ricardo, Professor Olavo de Carvalho, Professor Carlos Nougué, Rodrigo Gurgel, Padre Ricardo de Barros Marques, Mateus de Castro – do site papista.com.br, Rafael Vitola Brodbeck, Flávio Morgenstern, meu pai, dentre tantos outros, muitos dos quais nem ao menos sabem da minha existência e sem os quais eu não seria nada. Que Maria Santíssima, a qual dedico este blog, volte seu olhar sobre mim e sobre todos que aqui estiverem.